Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a Paz Profunda.
Muitos artistas apresentaram suas telas.
O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Profunda Paz!
O Rei escolheu a segunda tela e explicou: — PAZ PROFUNDA não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. PAZ PROFUNDA significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no SANTUÁRIO SAGRADO do NOSSO CORAÇÃO. Lá encontraremos a Verdadeira PAZ PROFUNDA.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Paz Profunda
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Prece poema à "Pai Benedito de Aruanda"
Meu bondoso Preto-Velho!
Aqui estou de joelhos, agradecido contrito, aguardando sua benção.
Quantas vezes com a alma ferida, com o coração irado, com a mente entorpecida pela dor da injustiça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá no fundo do meu Eu, com bondade compassiva me sussurravas ESPERANÇA.
Quantas vezes desejei romper com a humanidade, enfrentar o mal com maldade, olho por olho, dente por dente, e Tu, escondido em minha mente, me dizias simplesmente:
“ Sei que fere o coração a maldade e a traição, mas, responder com ofensas, não lhe trará a solução. Pára, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão. Eu também sofri bastante, eu também fui humilhado, eu também me revoltei, também fui injustiçado.
Das savanas africanas, moço, forte, livre, num instante transformado em escravo acorrentado, nenhuma oportunidade eu tive. Uma revolta crescente me envolvia intensamente, por que algo me dizia, que eu nunca mais veria minha Aruanda de então, não ouviria a passarada, o bramir dos elefantes, o rugido do leão, minha raça de gigantes que tanto orgulho tivera, jazia despedaçada, nua, fria, acorrentada num infecto porão.
Um ódio intenso o meu peito atormentava, por que OIÀ não mandava uma grande tempestade? Que Xangô com seus raios partisse aquela nave amaldiçoada, que matasse aquela gente, que tão cruel se mostrara, que até minha pobre mãezinha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acorrentara. E Iemanjá, onde estava que nossa desgraça não via, nossa dor não sentia, o seu peito não sangrava? Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia? Se Iemanjá ordenasse, o mar se abriria, as ondas nos envolveriam; ao meu povo ela daria a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessária vingança.
Porém, nada aconteceu, minha mãezinha não resistiu e morreu; seu corpo ao mar foi lançado, o meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá, outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado.
Onde é que estava Ogum? Que aquela gente não vencia, onde estavam as suas armas, as suas lanças de guerra? Porém, nada acontecia, e a toda parte que olha, somente um coisa via... terra.
Terra que sempre exigia mais de nossos corpos suados, de nossos corpos cansados.
Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro, era a lida, era a colheita que para nós era estafa, para o senhor era ouro.
Quantas vezes, depois que o sol se escondia, lá no fundo da senzala, com os mais velhos aprendia, que no nosso destino no fim não seria sempre assim, quantas vezes me disseram que Zambi olhava por mim.
Bem me lembro uma manhã, que o rancor era grande, vi sair da casa grande, a filha do meu patrão. Ingênua, desprotegida, meu pensamento voou: eis a hora da vingança, vou matar essa criança, vou vingar a minha gente, e se por isso morrer, sei que vou morrer contente.
E a pequena caminhava alegre, despreocupada, vinha em minha direção, como a fera aguarda a caça, eu esperava ansioso, minha hora era chegada. Eu trazia as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava, vi o tronco, vi o chicote, vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e nada mais vi então. Correndo como um possesso, agarrei-a por um braço e levantei-a do chão.
Porém, para minha surpresa, mal eu ergui a menina, uma serpente ferina, como se ora o próprio vento, fere o espaço, errando, por minha causa, o seu bote foi tão fatal, tudo ocorreu tão de repente, tudo foi de forma tal, que ali parado eu ficara, olhando a serpente que sumia no matagal.
Depois, com a criança em meus braços, olhei meus punhos de aço que a deviam matar... olhei seus lindos olhinhos que insistiam em me fitar. Fez-me um gesto de carinho, eu estava emocionado, não sabia o que falar, não sabia o que pensar.
Meus pensamentos estavam numa grande confusão, vi a corrente, o tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o bote... senti um aperto no coração, as minhas mãos calejadas pelo machado, pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus não permitira que morresse essa criança.
Assim o tempo passou, de rapaz forte de antes, bem pouca coisa restou, até que um dia chegou e Benedito acabou...
Mas, do outro lado da morte eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais forte, mais de amor e de perdão, os sofrimentos de outrora já não importam agora, por que nada foi em vão...
Fomos mártires nessa vida, desta Umbanda tão querida, religião do coração, da paz, do amor, do perdão”.
Por Pai Ronaldo Linhares
Escolha de um sacerdote
Rosa Caveira
Vovó Maria Conga disse...
A história do velho Meji
quinta-feira, 3 de março de 2011
Gira de Preto Velho
Firma o ponto minha gente
Preto Velho vai chegar
Ele vem de Aruanda
Ele vem pra trabalhar...
Era dia de "gira de preto velho" naquele terreiro. Enquanto os consulentes chegavam ansiosos e esperançosos em levar de volta a "solução" daqueles problemas que atrapalhavam suas vidas, na frente do congá os médiuns vestidos de branco e de pés descalços concentravam-se, ligando-se aos seus protetores e guias.
O ambiente denotava simplicidade e era mobiliado apenas com algumas cadeiras para acomodar os consulentes, poucas banquetas para os médiuns que serviriam de "aparelhos" às entidades espirituais e o congá, onde um vaso de flores, outro de ervas e os elementos ar, fogo, água e terra se faziam presentes. Acima, uma imagem de Jesus resplandecente de luz.
Iniciando-se a sessão através de pontos cantados e orações, após uma leitura espiritualista elucidativa, iniciavam-se as incorporações de maneira moderada. Do lado astral, as falanges de trabalhadores já haviam chegado muito tempo antes dos médiuns e ali já haviam preparado o ambiente fluidicamente. Uma varredura energética havia sido feito pelos elementais onde primeiramente atuaram as salamandras e após as sereias e ondinas, fazendo com que toda a matéria astralina densa que ali se encontrava, fosse transmutada permitindo a chegada dos espíritos trabalhadores.
a porta do ambiente, junto à firmação de ponto riscado e da presença do elemento fogo, postava-se o guardião da Casa, Exu Gira Mundo, impondo respeito e segurança. Num raio de 360º ao redor da construção, uma guarnição dos caboclos na egrégora de Ogum formavam verdadeira muralha armada, impedindo a invasão de seres indesejáveis ao bom andamento do trabalho da noite. A construção toda estava no interior de grande pirâmide iluminada na cor violeta, com grande e grossa placa de aço imantado na parte inferior impedindo que o excesso de energia telúrica desequilibrasse a polaridade positiva que era captada pelos sete anéis giratórios que ladeavam a pirâmide, representando as Sete Linhas de Umbanda. Cada um desses anéis destacam-se na cor fluídica de seu Orixá e emitiam um harmonioso som diferenciado.
Cada um dos consulentes que adentrava ao ambiente passava agora primeiro pela defumação que queimava junto à porta, em cumbuca de barro, exalando o cheiro das ervas perfumadas sendo incineradas pelo carvão vegetal. Equipes de limpeza se movimentavam no lado espiritual, recolhendo as larvas astrais e outras espécies de energias deletérias que ali eram desagregadas dos corpos dos consulentes, as quais não eram totalmente absorvidas pelo carvão ou transmutadas pelo elemento fogo.
Em alvíssimas vestes, os amados Pais e Mães, na sua roupagem fluídica de Pretos velhos, trazendo a alegria estampada em sua energia, tomavam conta de seus "aparelhos" médiuns, atuando no chácra básico dos mesmos, obrigando-os a dobrar as suas costas à semelhança de velhos arqueados, incentivando-os ao trabalho fraterno.
E assim, de consulente em consulente, de caso em caso, com a paciência e sabedoria que lhes é peculiar, entre uma baforada e outra de palheiro ou de alguma espanada com o galho de ervas na aura daqueles filhos, os bondosos espíritos cumpriam sua missão. Eram conselhos, corrigendas, desmanche de magia negra, de elementares artificiais negativos, limpeza e equilíbrio dos corpos sutis, retirada de aparelhos parasitas e às vezes, alguns puxões de orelha necessários, em forma de alerta. Tudo de acordo com o merecimento do consulente, pois cada um trazia consigo a amostragem de sua "ficha cármica" onde estavam impressos o que a Lei permitia ser mudado, bem como o que ainda era necessário que com eles permanecesse.
Vó Benta, espírito portador de grande sabedoria e humildade, apresentando-se naquele local com o corpo astral de negra velha de pequena estatura, com roupas simples e alvas, cuja saia comprida e larga era coberta por um avental onde um bolso era recheado de ervas e patuás, tinha uma maneira simplista e diplomática de fazer com que os filhos entendessem que eles próprios eram seus médicos curadores:
- Minha mãe, acho que estou sendo vítima de "trabalho feito" pela minha ex mulher...
Sorrindo e com linguagem peculiar, segurava com firmeza as mãos do moço passando-lhe com isso confiança e com a voz recheada de afeto respondia:
Negra velha vai explicar para que o filho entenda: - quando sua casa está totalmente fechada, fica escura e nada pode entrar, às vezes nem a poeira. Não é isso? Quando o filho abre as janelas e portas, a luz do sol entra invadindo todos os cantos, mas podem entrar também as moscas, baratas, formigas e até os ladrões, não é? Para a sujeira e os bichos, o filho pode usar a vassoura, para os ladrões a lei, a segurança.
E para a luz do sol? Ah, essa filho, fica ali iluminando até que o filho feche toda a casa outra vez. Assim também é a nossa casa interna; quando nos fechamos para a vida, para o trabalho, ficamos no escuro e ao nos abrirmos, deixamos a luz entrar, mas ficamos sujeitos a todas as outras energias que pululam ao nosso redor. Mas como acontece na casa material, onde não houver os atrativos da sujeira e do lixo, os insetos não se aproximam. Se estivermos equilibrados, sem raiva, mágoa, ciúmes, vícios e todos esses lixos que os filhos buscam na matéria, nada nem ninguém consegue afetar nossa energia, nossa vida. Só o sol permanece no coração de quem procura manter-se limpo.
Negra velha sabe que esse mundão está de cabeça para baixo. No lado material os filhos andam desarvorados pela dificuldade de sustento de suas famílias, quando não, em busca de supérfluos. Mas mesmo assim, é preciso lembrar aos filhos, que embora estejam na matéria e sujeitos a ela, a vida real está no espírito imortal. É preciso dar mais atenção, senão prioridade, à essência em detrimento do restante, para que possa haver o equilíbrio dos elementos inerentes à vida, na sua totalidade..
O mal que é enviado aos filhos, só vai instalar-se se encontrar no endereço vibratório, ambiente adequado. Sem contar que o medo é porta aberta - e atrativo - para a entrada do desequilíbrio. O medo é sentimento muito usado pelas energias da esquerda, uma vez que fragiliza o corpo emocional facilitando sua atuação mórbida. Por outro lado, negra velha pergunta para o filho: - se a desordem não houvesse se instalado, por acaso o filho estaria aqui, sentado no chão, em frente à preta velha, buscando humildemente ajuda espiritual? Nem sempre o que nos parece mal, é tão prejudicial assim. Pode ser o remédio adequado para o momento, ou talvez a estremecida necessária no corpo astral dos filhos, para que a ordem possa reinstalar-se.
As trevas, meu filho, estão vinte e quatro horas de plantão. E os filhos, acaso estão? Não adianta orar e não vigiar, pois o pensamento é energia e com ele nos adequamos ao campo energético que quisermos.
Antes da hora grande as falanges da egrégora dos Pretos Velhos, despediram-se de seus aparelhos, alguns precisando largar e desfazer a vestimenta astral usada para que pudessem chegar até os aparelhos mediúnicos e voltavam agora para as bandas de Aruanda, onde continuariam suas atividades no mundo astral. Pois como diz a Vó Benta, "se pensam que morrer é dormir e descansar, os filhos estão muito enganados... desse lado tem muito trabalho e como nem o Pai está imóvel, quem somos nós cuja ficha cármica demonstra um vasto débito, para nos aposentarmos?"..
Agora as velas apagam-se, os elementos voltam a integrar a natureza, os elementais após limparem o ambiente retornam aos seus devidos reinos, os elementares foram desagregados pela força e sabedoria dos pretos velhos e os médiuns voltam aos seus lares com a sensação de paz que só é sentida por aqueles que cumprem com seus deveres.
Preto velho já foi,
Já foi pra Aruanda,
A benção meu Pai
Saravá pra sua banda...
(Autor desconhecido)
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
SOU UMBANDA
SOU A FUGA PARA ALGUNS, A CORAGEM PARA OUTROS.
SOU O TAMBOR QUE ECOA NOS TERREIROS, TRAZENDO O SOM DAS SELVAS E DAS SENZALAS.
SOU O CÂNTICO QUE CHAMA AO CONVÍVIO SERES DE OUTROS PLANOS.
SOU A SENZALA DO PRETO VELHO, A CERIMÔNIA DO PAJÉ; A ENCRUZILHADA DO EXU,
O JARDIM DA IBEIJADA, O NIRVANA DO HINDU E O CÉU DOS ORIXÁS.
SOU O CAFÉ AMARGO E O CACHIMBO DO PRETO VELHO, O CHARUTO DO CABOCLO E DO EXU; O CIGARRO DA POMBA-GIRA E O DOCE DO IBEJI.
SOU GARGALHADA DA POMBA GIRA, O REQUEBRO DA CIGANA, A SERIEDADE DO EXU.
SOU O SORRISO E A MEIGUICE DOS PRETOS VELHOS; A BRINCADEIRA DAS CRIANÇAS E A SABEDORIA DOS CABOCLOS.
SOU O FLUÍDO QUE SE DESPRENDE DAS MÃOS DO MÉDIUM LEVANDO A SAÚDE E A PAZ.
SOU O ISOLAMENTO DOS ORIENTAIS ONDE O MANTRA SE MISTURA AO PERFUME SUAVE DO INCENSO.
SOU O TEMPLO DOS SINCEROS E O TEATRO DOS ATORES.
SOU LIVRE.
SOU DETERMINADA E FORTE.
MINHAS FORÇAS?
ELAS ESTÃO NO HOMEM QUE SOFRE E QUE CLAMA POR PIEDADE E POR AMOR.
MINHAS FORÇAS ESTÃO NAS ENTIDADES ESPIRITUAIS QUE ME UTILIZAM PARA SEU CRESCIMENTO.
ESTÃO NOS ELEMENTOS. NA ÁGUA, NA TERRA, NO FOGO E NO AR; NA PEMBA,
NA MANDALA DO PONTO RISCADO.
ESTÃO FINALMENTE NA TUA CRENÇA, NA TUA FÉ, QUE É O ELEMENTO MAIS IMPORTANTE NA MINHA ALQUIMIA.
MINHAS FORÇAS ESTÃO EM TI, NO TEU INTERIOR, LÁ NO FUNDO NA ÚLTIMA PARTÍCULA DA TUA MENTE, ONDE TE LIGAS AO CRIADOR.
QUEM SOU?
SOU A HUMILDADE, MAS CRESÇO QUANDO COMBATIDA.
SOU A PRECE, A MAGIA, O ENSINAMENTO MILENAR, SOU CULTURA.
SOU O MISTÉRIO, O SEGREDO.
SOU O AMOR E A ESPERANÇA
SOU A CURA.
SOU DE TI.
SOU UMBANDA.
SÓ ISSO. SOU UMBANDA.
ANATOMIA DO MEDIUM
Os Exus são minhas pernas. Ajudando-me a caminhar rumo à evolução. Cada encruzilhada é um desafio. Posso tropeçar e até cair, mas nunca me desviar do caminho, pois são Eles que me conduzem.
Os Baianos saõ meus braços. Com sua força e resistência me ajudando a suportar o peso das adversidades da vida. Nos momentos de luta, meus braços implacáveis, nos momentos de paz são só carinhos.
O Caboclo é meu peito; meu coração. Com sua coragem nunca recuo de meus inimigos. Posso até sentir medo das mudanças, mas nunca desistir de meus objetivos.
O Preto Velho é minha cabeça; meu cerebro. Com sua sabedoria entendo que as cosias da matéria são passageiras. Com sua paciência compreendo e respeito as diferenças de meu irmão, pois somos uma grande corrente universal, e ele depende de mim tanto quanto eu dependo dele. Com sua inocência e pureza atinjo a plenitude, pois "são delas o Reino dos Céus".
Os mistérios do saber se encerram em meu intímo, pois sou o Verbo que se fez carne. Sou a Umbanda. A Umbanda sou eu!